Heloisa Collins, proprietária, queijeira responsável principalmente pelo desenvolvimento de novos queijos, destaca-se pelo pioneirismo em queijo de cabra e como mestra-queijeira “largamente autodidata”, mas com cursos e seminários feitos no Brasil e Europa.
“Quando eu comecei não tinha praticamente ninguém fazendo queijo de cabra no volume que eu faço. Tinha apenas um produtor em SP. Hoje já temos muitas queijarias no Sudeste, algumas no Nordeste, agora muitas na Bahia, de respeito. E isso é bom porque se consome muito pouco queijo de cabra no Brasil, um queijo muito saudável, com um status gourmet muito alto e que pode remunerar muito bem”, começa contando Heloisa, que comanda a Capril do Bosque desde 2010 e tem formação de pesquisadora, sendo mestre e doutora em Linguística Aplicada.
Estrutura e inspirações
Hoje certificada com o Selo Arte e licenciada pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisp) de São Paulo, a Capril conta com quatro funcionários, produzindo ativamente 10 tipos de queijos, com uma oferta mensal de aproximadamente 600 kg. Heloisa se inspira basicamente na sua experiência e na dos queijeiros que conhece e admira. “A primeira inspiração sempre vem de um queijo que eu comi, gostei e quero modificar de alguma forma. Existe um ponto zero que é o da inspiração, depois o planejamento e, por fim, a fase longa de ir acertando o processo até que o queijo seja considerado apto e aprovado para ir para o mercado.”