A regulamentação está prevista para 2022, permitindo a distribuição do Queijo Minas Artesanal (QMA) com fungo branco.
Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) estudaram em 2017 fungos filamentosos e leveduras encontradas em queijos do Serro e no ambiente da produção. Estes fungos auxiliam na formação da textura, maturação e o sabor do queijo artesanal, que o diferencia do produto industrializado. A variedade da iguaria mineira que contém microrganismos nas cascas não é novidade na Serra da Canastra e no Serro, mas ainda tem consumo restrito.
O fungo branco não causa doenças e já é muito utilizado nos tipos Camembert e Brie. Como as condições do ambiente das queijarias são favoráveis para o desenvolvimento do fungo, reafirmam a identidade regional do produto. O desenvolvimento do fungo produz enzimas que modificam a aparência do queijo, no qual a casca se enruga, originando uma textura e sabor característicos.
Com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) preparando a criação de mais duas regiões caracterizadas para o QMA — Diamantina, porta de entrada do Vale do Jequitinhonha, e a chamada região de Entre Serras, do Caraça à Serra da Piedade —, espera-se que a regulamentação para o fungo branco no QMA não demore para entrar em pauta.
Imagem: Francesco Paggiaro/Pexels