Estreando uma versão compactada, a edição de 2023 do Minas Láctea, concentrou suas atividades no Instituto de Laticínio Cândido Tostes (Epamig/ILCT) e teve como tema: “Inovação e Gourmet”. A programação foi composta por palestras, degustações comentadas, harmonizações, cursos e debates sobre alternativas para a cadeia produtiva.
Pela primeira vez, segundo a organização, o evento abriu espaço para os queijos artesanais mineiros, por meio de estandes, apoiados pelo Sebrae-MG, com exposição de produtos de nove regiões produtoras e de três arranjos produtivos locais (APL). O encerramento contou com a premiação do 46º Concurso Nacional de Produtos Lácteos, que avaliou produtos de 68 laticínios, divididos em 12 categorias.
Na avaliação do coordenador-geral do Minas Láctea, Clenderson Gonçalves, o novo formato contribuiu para uma maior aproximação entre o público e área técnica, por meio de interações que demonstraram como a ciência está presente na fabricação desses alimentos e como isso contribui para a qualidade dos produtos. Ele ressaltou que as degustações comentadas foram um dos pontos melhor avaliados pelos visitantes. “Os retornos que tivemos do público são para ampliarmos esses espaços nas próximas edições”.
O coordenador da Exposição de Produtos Lácteos (Expolac), Nelson Tenchini, comentou que a edição atraiu mais o público consumidor. “As pessoas que estiveram aqui para visitação e degustações realmente tinham interesse no aspecto gastronômico, queriam experimentar e saber mais sobre a combinação entre os lácteos e diferentes produtos. Recebemos realmente o cliente final”.
Outro ponto comemorado pelos produtores de queijos artesanais foi a possibilidade de apresentar e comercializar os produtos durante o evento. Ressaltando não só a possibilidade de expor a produção com suas texturas e sabores, mas também a relevância deles na história do Estado e do país.
Os queijos artesanais também ocuparam posição de destaque na programação técnico-científica do evento, como detalhou o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Leite e Derivados da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Junio de Paula. Ele frisou que a Epamig ILCT foi uma das primeiras instituições a pesquisar esses produtos.
“E hoje, eles têm ganhado cada vez mais importância em Minas Gerais, tanto que se tornaram uma política de Estado. Trata-se de algo complexo que envolve uma série de questões sobre caracterização, pesquisa, segurança microbiológica e boas práticas. Grande parte dos projetos da Epamig ILCT, atualmente, são sobre esse tema”.