Rótulos de queijos precisam se adequar à nova legislação até outubro

A normativa passou a vigorar em outubro de 2022 e tem prazo até 9 de outubro deste ano para que as empresas atendam à nova obrigatoriedade.

O propósito da nova legislação é esclarecer e facilitar a compreensão das informações nutricionais presentes nos rótulos dos alimentos e auxiliar o consumidor a fazer escolhas alimentares mais conscientes, tendo em vista os dados de saúde da população. Isso significa que, para o mercado alimentício brasileiro, os próximos meses serão de muitas novidades.

O Brasil está entre os países com maiores índices de obesidade do mundo, sendo o quinto em incidência de diabetes, com pelo menos 30% da população adulta com hipertensão arterial. “É importante salientar a intenção de oferecer maior clareza e precisão nas informações nutricionais prestadas nas embalagens. A padronização favorece a interpretação e o entendimento do consumidor”, observa Rodrigo Broetto, Gerente de Marketing e Produtos da UltraCheese.

Uma das principais mudanças está na tabela de informação nutricional, que deve ter somente letras pretas sobre fundo branco. A nova legislação também determina a inclusão de um símbolo em forma de lupa na parte frontal das embalagens, para identificar o alto teor de gordura saturada, sódio ou açúcar adicionado. Há, ainda, mudanças nas alegações nutricionais, que separam esses três nutrientes da tabela nutricional. Elas devem conter somente propriedades nutricionais positivas relacionadas com o valor energético ou o teor de nutrientes.

Alterações demandam criatividade

Com as novas regras, caberá às marcas cumprir o desafio de manter o design atrativo das embalagens, sem deixar de lado a preocupação com a saúde dos consumidores.  “A chave está em conseguir harmonizar todos estes aspectos em áreas geralmente limitadas nas embalagens, e ainda assim proporcionar ao consumidor a identificação e o reconhecimento de suas marcas favoritas”, comenta Broetto.

“A declaração nutricional ocupará mais espaço nos rótulos. A ênfase nessa funcionalidade das embalagens exigirá criatividade para atrair a atenção do consumidor e se diferenciar no ponto de venda”, complementa o executivo. Para ele, as mudanças são positivas para o mercado, principalmente a longo prazo. “Inicialmente, é provável que os consumidores estranhem as embalagens e surjam dúvidas em relação aos grafismos e alertas. Acredito que com o tempo passarão a compreender melhor as diferentes formulações e isso ajudará a escolher, tendo em vista também, os aspectos nutritivos e de saudabilidade”, finaliza.

 

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