Pedido partiu da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) para amenizar situação provocada pelas enchentes que o Rio Grande do Sul enfrenta desde o final de abril.
A AGL mobilizou diversos atores do setor público e privado para solicitar ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a autorização, em caráter emergencial, do trânsito e comércio em todo o país de produtos artesanais das agroindústrias familiares com selos do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) do Rio Grande do Sul.
A medida vai permitir que esses pequenos laticínios comercializem sua produção para mercados de fora do estado com toda a rastreabilidade — com origens, quantidades e destinos devidamente informados ao Mapa.
A ação foi feita após um levantamento da Associação para confirmar a situação crítica das pequenas agroindústrias de lácteos do estado, atingidas direta ou indiretamente pelas enchentes, com perdas materiais ou perdas de mercado.
Outras ações também estão em andamento para fortalecer o setor gaúcho. “Em um gesto enorme de solidariedade frente à situação vivida pelos gaúchos, várias entidades do setor vêm articulando compras coletivas, feiras e outras ações para as queijarias do Rio Grande do Sul”, informa Danilo Cavalcanti Gomes, diretor técnico da AGL. “Em uma articulação nacional, a Associação dos Queijistas do Brasil (Comerqueijo) e outros atores e instituições estão fomentando o comércio de produtos da agroindústria familiar gaúcha. Esse respiro nas vendas pode significar a sobrevivência desses produtores diante da tragédia que abala todo o estado.”
A instrução orientando os procedimentos para o comércio nacional dos produtores do RS deve sair nos próximos dias, para que tudo ocorra de forma legal e rastreável. Segundo a AGL, o Mapa também sinalizou uma força tarefa para ajudar essas agroindústrias na sua adequação ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) ou Selo Arte.
Com informações de AGL.
Foto: Andréia Ramires.
