Texto: Andréia Ramires / Foto: Régis Melo
Com intuito de prolongar a vida útil dos queijos e o seu tempo de exposição nas prateleiras, o Centro de Pesquisa e Treinamento em Queijos Artesanais (CPTQA) deu início aos primeiros ensaios de um projeto que inclui embalagens ativas nos testes.
Os queijos utilizados para os experimentos são originários do Campo das Vertentes. Os primeiros ensaios do projeto que busca aprimorar a qualidade na produção e maturação, está avaliando o efeito de uma embalagem ativa que tem permeabilidade seletiva de oxigênio e umidade. No estudo, está sendo combinado inibidores naturais de fungos e leveduras no processo de maturação.
O projeto está sendo realizado no Campo Experimental Risoleta Neves, em São João Del-Rei/MG, que tem capacidade de fazer testes com ingredientes diversos, além de ter controle das condições do ambiente na maturação. O estudo está sendo feito com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), avaliando os efeitos do fermento natural na maturação e do uso de Kefir para a produção de queijos e caracterização dos efeitos da maturação em ambientes controlados.
Com o uso da tecnologia, o intuito é que a embalagem possa fornecer mais proteção na maturação dos queijos, além de auxiliar as reações químicas e bioquímicas — que são responsáveis por desenvolver o aroma e a textura das produções queijeiras.