Embaré evolui políticas de sustentabilidade na indústria

Com histórico de diversas iniciativas que beneficiam o meio ambiente, a empresa de laticínios planeja um 2021 ainda mais eco-friendly.

A Embaré possui um longo histórico de comprometimento com a preservação do meio ambiente e com a sustentabilidade. A empresa vem desenvolvendo ao longo dos anos diversos projetos socioambientais por meio de uma gestão pautada na constante busca de novas soluções, que visem minimizar os impactos da indústria de fabricação de produtos lácteos ao meio ambiente e que contribuam com a melhora da qualidade de vida da sociedade. Com esse compromisso em mente, a empresa divulga os resultados das suas iniciativas ambientais de 2020 e anuncia novidades para 2021.

Certificada na normal internacional ISO 14001 desde 2003, a empresa mineira possui um Sistema de Gestão Ambiental que a ajuda a identificar, priorizar e gerenciar seus riscos ambientais como parte de suas práticas usuais. “A norma exige da indústria o comprometimento com a prevenção da poluição e com melhorias contínuas como parte do ciclo normal de gestão empresarial”, destaca o gerente de garantia da qualidade da empresa, Luiz Augusto Rezende Lima.

Por meio de uma parceria estabelecida para o reaproveitamento tecnológico de alguns de seus resíduos, a Embaré consegue que 50 mil quilos ao ano de resíduos sejam destinados para coprocessamento, reduzindo a previsão de destinação final de resíduos em aterro indústrias de 8,8% para 3,5%.

Luiz Augusto destaca ainda outras iniciativas: “Investimos pesado na Estação de Tratamento de Efluente Industriais (ETEI), garantido uma redução de mais de 96% na carga orgânica do efluente, cumprindo todas as exigências impostas pelos órgãos ambientais, e reaproveitamento em 100% do biogás gerado. Já realizamos redução no consumo de biomassa e destinação de cerca de 384 toneladas/ano de biofertilizante para enriquecimento do solo e cultivo de diferentes culturas como milho e soja, por exemplo. Além disso, não podemos esquecer das ações para redução do consumo de água, energia, vapor e químicos na fábrica, que contribuem, principalmente, para o consumo consciente de recursos não renováveis e da reciclagem e logística reversa para destinação adequada dos resíduos”, declara o gerente.

A construção da ETEI, cujo objetivo é melhorar a qualidade da água lançada no corpo receptor e produzir biofertilizante a partir dos resíduos sólidos, se deu em 1997, e já passou por duas expansões, uma de capacidade em 2008 e outra de qualidade do processamento em 2016, que garantiram melhores resultados. Atualmente, é uma das mais modernas do país. Os efluentes são submetidos a um tratamento físico, químico e biológico em lagoas anaeróbias e lagoas de estabilização. Já tratada e analisada em laboratório exclusivo, a água é devolvida para o meio ambiente.

A ETEI também desenvolve práticas de manutenção do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), importante modelo reconhecido mundialmente que tem como objetivo a geração de energia limpa e redução das emissões de carbono. Parte do biogás, composto principalmente de metano, gerado na ETEI, é conduzido a um gerador e, a partir de sua combustão, é transformado em energia elétrica, utilizada para a manutenção de toda a ETEI. Por este método são gerados 500.000 Kwh de eletricidade ao ano, energia suficiente para abastecer 320 residências populares neste período. A outra parte do biogás retorna para a fábrica e é utilizada como combustível para a geração de vapor na caldeira que, no período de um ano, gera uma redução de 1,76 milhões de quilos no consumo de cavaco, a biomassa geralmente queimada na caldeira, responsáveis pela emissão de 775 toneladas de CO2 no período. Com isso, a empresa reduz o corte de aproximadamente 80 mil pés de eucaliptos por ano e deixa de emitir 800 mil m³ de metano na atmosfera.

Visando diminuir o consumo de água, a Embaré desenvolve várias ações para o uso consciente do recurso. Uma delas é o sistema para recuperação da água evaporada no processo de concentração e secagem de leite, no qual as linhas são equipadas com condutivímetros e válvulas automáticas que direcionam a água para processos que necessitam de água de baixa dureza. Também são utilizados medidores de nível nas baias de recepção de leite, proporcionando a reutilização da água condensada para geração de vapor na caldeira. Outro sistema utilizado é voltado para o monitoramento em tempo real do consumo de água na indústria, proporcionando ações imediatas em caso de desvios.

Com essas ações, o índice médio de consumo da empresa é de 1,33 litros de água por litro de leite industrializado, enquanto a média nacional para laticínios é de 3,5 litros de água por litro de leite industrializado. A redução no consumo de água é de cerca 1,3 milhões de m³ ao ano, que seria suficiente para abastecer 20 mil residências populares nesse período.

Evidenciando ainda mais a preocupação da empresa com o meio ambiente, por meio da Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE), a Embaré estabelece mensalmente medidas a serem adotadas dentro do processo de produção da empresa para redução de consumo de energia, água e vapor.

Parceria com a Polen

A grande novidade para um 2021 mais sustentável na Embaré se dá por meio de uma parceria com a Polen, empresa especializada em soluções de logística reversa. Luiz Augusto explica que a contratação da startup tem abrangência em todo país e tem o objetivo de reciclar 22% do volume de embalagens que foram colocadas no mercado em 2020, em um modelo de compensação. “O trabalho da Polen consiste em mapear, credenciar e desenvolver operadores de reciclagem. O credenciamento inclui uma avaliação minuciosa de questões sociais envolvidas no trabalho de reciclagem e o desenvolvimento do projeto está pautado em fornecer equipamentos necessários, treinamentos e outras necessidades demandadas pelos próprios operadores”, explica o gerente.

“A Embaré sempre foi totalmente comprometida com a sustentabilidade e essa parceria com a Polen, na aplicação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, vem melhorar ainda mais os processos, certificando e garantindo a governança da logística reversa de acordo com a lei,” conclui Luiz Augusto.

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