Luís Roberto Batista, doutor em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Lavras (Ufla), com pós-doutorado pelo RIKILT (Institute ofFood Safety – Wageningen University/Holanda), atua nas áreas de toxonomia de fungos toxigênicos, micologia de alimentos e segurança de alimentos. Ele vem desenvolvendo pesquisas sobre fungos em queijos, em especial a micobiota e terroir dos Queijos Minas Artesanais (QMA).
Para aprofundar seus estudos, foi montada uma linha de pesquisa na Ufla, em Minas Gerais. Tudo começou com o que seria, aparentemente, um sério problema de contaminação, mas que, na verdade, revelou-se uma grande descoberta. Produtores de queijos mofados de MG vinham tendo dificuldades de comercializar seus produtos, que apresentavam variados fungos. “Eles ficaram sabendo que na universidade eu trabalhava com a identificação de fungos, e um deles entrou em contato pedindo auxílio. Identificamos o fungo Geotrichum candidum e mandamos para ele, e a informação de que não apresentava riscos para a saúde. E aí a notícia se espalhou”, conta.