Cruzília fará primeira exportação de queijo aos EUA

Embarque da marca controlada pela UltraCheese será ainda neste mês.

A marca mineira Cruzília, que pertence à UltraCheese, plataforma de queijos controlada pela gestora Aqua Capital, está prestes a desembarcar nos Estados Unidos. Após obter habilitação para exportar concedida pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão americano de alimentos e medicamentos ligado ao Departamento de Saúde do governo, a companhia fará o primeiro embarque, já neste mês, de queijos parmesão, estepe, meia cura, minas padrão e queijo coalho, entre outros. As variedades do produto foram escolhidas após uma avaliação de potencial de consumo.

Os mercados-alvo são, por ora, Texas, Califórnia, Oregon, Nevada, Arizona, Colorado, Washington e Utah, e os produtos chegarão aos EUA por meio de uma parceria com a importadora Triunfo. Segundo Edson Martins, CEO da UltraCheese, a exportação é um dos pilares que deverá agregar valor aos negócios no longo prazo. A plataforma, que além da Cruzília detém as marcas Lac Lélo, Búfalo Dourado e Itacolomy, faturou R$ 700 milhões no ano passado.

Em 2022, a UltraCheese exportou cerca de 80 toneladas de queijos, volume que classifica como “ainda tímido”, porém “um grande marco” em sua história. O de novembro aos EUA será o primeiro embarque dos queijos da marca Cruzília, e a expectativa é, em breve, exportar manteiga. Ainda segundo o executivo, a ideia é manter a constância nas exportações, e alcançar pelo menos 10% do volume total da produção destinado ao mercado externo. A companhia não informa prazo.

O Brasil é um tradicional importador de lácteos – principalmente neste ano, quando a oferta de leite cru ficou reduzida no campo devido à alta dos insumos. Apesar do déficit registrado na balança setorial, os embarques também vêm crescendo, a partir de identificação de oportunidades por parte dos laticínios junto a potenciais compradores.

Segundo o boletim mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), de outubro, elaborado a partir de dados da Secretaria de comércio Exterior (Secex), os queijos foram os lácteos mais exportados pelo Brasil em setembro. Representaram 44% de um total de 2,3 milhões de litros em equivalente leite. Em um ano houve alta de 13,2% do volume, para, principalmente, Cuba, Chile e os EUA.

A média de cotações do derivado registrou alta de 0,8% em setembro em relação a agosto, para US$ 11,88 o quilo, informaram os pesquisadores do Cepea. Além dos queijos, o país se destacou pelos embarques de leite condensado, item que teve participação de 28,9% no total da pauta em setembro, embarcado principalmente para Trinidad e Tobago, Paraguai e Venezuela.

 

Fonte: Valor

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