Complexo cultural e gastronômico também terá escola de gastronomia de padrão internacional.
Um ciclo de quatro palestras culinárias do seminário “Cozinha Mineira: Cultura e Território” lançou oficialmente o Centro de Referência do Queijo Artesanal (CRQA), neste mês. O novo espaço cultural e educacional da cidade é voltado à valorização da cozinha mineira, seus saberes e sabores, com o foco no queijo artesanal, considerado patrimônio imaterial do Estado.
Modelo inédito no país, o centro ocupará um espaço de 750 m² no Shopping 356, em construção na BR homônima, em frente ao Leroy Merlin, na região Centro-Sul da capital mineira. O CRQA será aberto em outubro com uma exposição permanente sobre queijo artesanal com curadoria da museóloga Célia Corsino e do especialista em queijos Elmer Almeida.
Museu do queijo
O Centro de Referência do Queijo Artesanal vai inaugurar um modelo inédito no Brasil. O espaço de exposição é a primeira etapa do projeto que prevê ainda um complexo cultural e uma escola de gastronomia de padrão internacional. A proposta é que, nos finais de semana, o centro tenha uma programação de shows, concertos e mostras de arte e sedie feiras temáticas e, durante a semana, ofereça os cursos gratuitos. O espaço de formação tem previsão de abertura no início de 2023. Além de um processo de seleção, bolsas serão concedidas a pessoas em situação de vunerabilidade.
O Centro de Referência do Queijo Artesanal pretende ainda reunir em uma loja produtores de queijos de todas as regiões do Estado, especialmente da Canastra, do Serro e do Salitre, cujo modo de fazer foi alvo de tombamento imaterial pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Eles poderão comercializar os seus produtos de forma colaborativa.
Espaço inédito
O centro dedicado ao queijo nasceu de um sonho acalentado pela mãe de Sarah, Carmen Rocha, que foi diretora de qualificação profissional do Ministério do Trabalho e implantou escolas profissionalizantes no Senai. “Não existe um modelo como esse no Brasil”, enfatiza Sarah Rocha. O projeto inicial custou R$ 2 milhões e está sendo implantado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O centro só foi possível, destaca Sarah, depois que empresas como Gerdau, Cedro, Unimed, Ventana Serra, Anglogold, Grupo EPO e Espaço 356, abraçaram o projeto. Sua manutenção, fala Sarah, depende da captação de novos recursos. “Quero que o mineiro reconheça o centro como seu, e nada o representa melhor do que o queijo, um produto que vem ultrapassando fronteiras e ganhando prêmios lá fora”, conclui.
Fonte: O Tempo