Queijo será lançado no dia 16 de junho, às 10 horas, na Queijaria Flor da Terra, em Toledo/PR. Vai ser produzido continuamente e estará à venda no próprio local.
Com nome e aparência pomposos, o Passionata está entre os dez melhores queijos do mundo segundo o World Cheese Awards 2024. O destaque? A ousadia de incorporar maracujá no processo produtivo e o valor de R$ 400 o quilo. Antes de julgar, vale conhecer os detalhes. Desenvolvido pelo Projeto Queijos Finos do Biopark, o Passionata é uma criação original, resultado de um longo trabalho de pesquisa.
Segundo o pesquisador Kennidy Bortoli, responsável pela formulação, trata-se do queijo mais emblemático do projeto, ao unir excelência técnica, criatividade sensorial e identidade regional. “É um queijo provocante e elegante”, define Kennidy, destacando a textura firme e untuosa, com olhos discretos.
O aroma mistura notas frutadas e tropicais com toques de manteiga e creme de leite. “O sabor é profundo, levemente ácido e frutado, com um final de boca complexo que remete imediatamente ao maracujá maduro, o que lhe confere uma assinatura única no cenário internacional”, acrescenta. A aparência também foi pensada para remeter à fruta que inspira a receita, com coloração e textura que evocam o maracujá, reforçando sua identidade sensorial e estética.
O processo produtivo do Passionata é inovador desde a seleção do leite até a fermentação e maturação, que utilizam culturas específicas. A maturação ocorre em ambiente controlado, com ajustes precisos de temperatura, humidade e fluxo de ar. “É o conjunto dessas inovações que torna o Passionata um queijo verdadeiramente único”, reforça o pesquisador.
O valor de R$ 400 o quilo do queijo Passionata reflete três fatores essenciais. Primeiro, a exclusividade de ser o primeiro queijo autoral brasileiro premiado entre os dez melhores do mundo. Depois vem a técnica refinada aplicada em sua fabricação, resultado de profundo conhecimento e inovação. E, por último, a utilização de ingredientes de altíssima qualidade, cuja combinação com a técnica desenvolvida proporciona uma verdadeira experiência sensorial.
Trata-se de um queijo que harmoniza com vinhos brancos aromáticos (como Gewürztraminer ou Sauvignon Blanc), espumantes brut e até com cervejas sour ou witbier. Também pode ser servido com geleias ácidas, mel silvestre ou em tábuas com castanhas e frutas frescas.
História do nome
O nome nasceu da junção entre Passiflora incarnata, nome científico da flor do maracujá (ingrediente símbolo do queijo), e a palavra italiana appassionato, que significa “apaixonado”. Assim surgiu Passionata, um nome que expressa tanto a essência tropical e botânica quanto a paixão intensa dos produtores e técnicos envolvidos.
“Além disso, remete à sofisticação e à sensibilidade artística, como uma obra executada com alma, refletindo o cuidado e a emoção em cada etapa do processo”, conclui o pesquisador.
